Se pensarmos bem, a roupa espacial dos astronautas é uma perfeita metáfora a situação humana. O traje espacial protege o astronauta de um ambiente hostil (no caso, o espaço), criando um mini-ambiente fechado que pode sustentar a vida do indivíduo. Cada um de nós também tem um próprio traje, que nos isola da hostilidade externa, nos protege, mas ao mesmo tempo, nos isola: são os nossos pequenos mundinhos particulares.
Sob esse olhar, esta série de Freeman é até mais deprê do que O Suicídio do Astronauta, que apesar do tema (suicídio), acabava sendo mais lúdica ao mostrar algumas formas de suicídio de maneira absurda (justamente por causa do traje espacial).
Esta série, ao contrário, mostrando o astronauta em situações cotidianas, mas sempre solitário (e frequentemente sozinho em grandes espaços abertos), não só enfatiza o sentimento de solidão, mas também ressoa mais fácil na empatia de cada um, justamente por mostrar cenários que cada um de nós pode se identificar. Vejam:
Buscando metais esquecidos e/ou perdidos na areia da praia.
Sozinho no café.
Esperando por uma carona na estrada.
Vendo TV entediado.
Alimentando os pombos na praça.
Enchendo o tanque de combustível.
Na lavanderia.
Jogando sinuca sozinho.
Viajando e consultando um mapa.
Trocando o pneu.
Comprando porcarias pra comer no mercado.
Fazendo a limpeza.
Imagens via site de Hunter Freeman. Dica via Geeks are Sexy.
Um comentário:
ô dó...
mas ele está melhor assim, acredite.
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