Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 04/10/2011, sobre os mais antigos na empresa.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Não dispense nem mantenha os antigos só porque são antigos
"Espero que você possa me dar uma orientação", escreve um ouvinte que é dono de uma empresa e relata o seguinte caso: "Tenho um funcionário que está completando 70 anos. Ele começou na empresa quando tinha 30 e poucos anos, e portanto, já se tornou parte da paisagem. Obviamente é aposentado, mas insiste em continuar trabalhando.
Ele não é particularmente querido dentro da empresa, pelo contrário. Arrumou encrencas com muita gente por ser teimoso, mas sempre foi trabalhador e dedicado. O problema é que ele não tem mais condições de executar o seu trabalho, por questões de saúde. E eu estou sem coragem para dispensá-lo, embora racionalmente, essa fosse a decisão que eu deveria tomar. Já ofereci a ele uma gratificação para sair e a extensão do plano de assistência médica. Mas ele não aceitou. O que mais você me sugere fazer?"
Bom, uma vez eu ouvi de um sábio chefe, uma frase exemplar: não dispense os antigos só porque eles são antigos, mas não mantenha os antigos só porque eles são antigos.
O que eu tentei fazer foi sempre demonstrar aos mais antigos de casa que eles não seriam dispensados em função da idade, desde que se atualizassem e se mantivessem produtivos. Quando o trabalho exigia um esforço físico e mental acima da capacidade, eu propunha uma transferência para um serviço menos exigente.
O que eu nunca fiz, mas teria feito, seria pagar o salário de um funcionário antigo para que ele ficasse em casa. Isso poderia ser oferecido ao funcionário do nosso ouvinte. Caso ele não aceite, a minha sugestão ao nosso ouvinte é: não faça nada. Deixe que o tempo se encarregue da situação. Não é a solução ideal, mas é a única que não lhe causará, num futuro próximo, um remorso que você já decidiu que não deseja ter.
Max Gehringer, para CBN.
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