Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 27/10/2011, sobre como usar a inveja no trabalho de forma positiva.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Como usar o sentimento de inveja de forma positiva
Eu já recebi muitas consultas de ouvintes sobre casos de inveja no trabalho, mas a de hoje é diferente. Pela primeira vez, uma ouvinte escreve não para se queixar de que os outros têm inveja dela, mas para confessar que ela tem inveja dos outros. Com uma tocante sinceridade, a nossa ouvinte relata que sofre ao ver colegas que conseguiram o que ela também poderia ter conseguido e não conseguiu. E que isso a faz sofrer a tal ponto, que ela fica torcendo para que coisas ruins aconteçam com os colegas. A pergunta dela é: "será que preciso fazer terapia?"
Bom, eu começaria dizendo à nossa ouvinte que a inveja é um sentimento, que cedo ou tarde, em maior ou menor grau, afeta a todos os seres humanos normais. Todos nós, em algum momento, sentimos inveja de alguém, no trabalho ou na vida pessoal. E aí ficamos tentando entender porque a vida não é justa, e porque gente pior que nós, ou no mínimo igual a nós, é premiada pela sorte ou pela natureza.
Esse não é um sentimento vergonhoso, e nem transforma pessoas em monstros. A questão é como usar esse sentimento. A maneira que não leva a nada é a de desejar que pessoas que tiveram mais oportunidades ou melhores condições, simplesmente quebrem a cara, para nosso gáudio e deleite.
A maneira que pode transformar um sentimento mesquinho em uma ação positiva é tentar compreender porque exatamente alguém igual a nós, conseguiu se diferenciar. Muito raramente, a sorte pura e simples é a única explicação.
Portanto, a inveja tanto pode funcionar como um combustível para a carreira, quanto como um veneno para o coração. A nossa ouvinte só precisa se convencer de que tem tudo para conseguir o que quer, e só não consegue porque fica desperdiçando seu tempo invejando quem poderia lhe servir de exemplo. E caso não consiga, aí sim, eu diria que a nossa ouvinte precisa de terapia.
Max Gehringer, para CBN.
3 comentários:
Gosto mais quando você fala d você, de sentimentos e filmes... rs
Verônica
Agora estou dando um tempo nesses assuntos.
E eu aguardo ansiosamente que esse tempo acabe logo. Hahaha
Verônica
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