Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 14/10/2011, sobre gratificações financeiras para os empregados que dão boas ideias ou que economizam dinheiro para a empresa.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Não seria justo que eu ganhasse parte do dinheiro economizado?'
A consulta de hoje é uma pergunta que muita gente já se fez e continua fazendo. Um ouvinte escreve: "Fui contratado faz um ano por uma empresa para reestruturar uma área que tinha custos altos. Posso afirmar que fui muito bem sucedido nesse processo, além até das minhas próprias expectativas.
Como mantenho registros detalhados, sei exatamente quanto a empresa está economizando graças a meu trabalho. O valor da economia anual corresponde a mais de duzentas vezes o meu salário mensal. É claro que os patrões ficaram contentes, mas eu não recebi nada além do meu salário. Não seria justo que eu recebesse uma porcentagem desse dinheiro economizado?"
Sim, seria. Mas legalmente o nosso ouvinte não teria como pleitear essa participação. Empregados são contratados para desempenhar tarefas específicas, em troca de um salário previamente combinado, e o resultado desse trabalho se torna propriedade da empresa.
Vamos imaginar que um gerente de Pesquisa e Desenvolvimento crie um novo produto, que se transforma num enorme sucesso de vendas. Quanto ele ganha por isso? Ganha o salário registrado em carteira. Criar produtos de sucesso é o trabalho dele. E para isso ele foi contratado e é pago.
Naturalmente, existem formas das empresas premiarem os funcionários que contribuem com grande ideias, como no caso desse gerente, ou com grandes economias, como é o caso do nosso ouvinte. Esse prêmio pode vir na forma de um bônus anual, por exemplo, ou de um aumento de salário. Seria mais que justo, e as boas empresas adotam essa prática. Portanto, o nosso ouvinte pode e deve propor um reconhecimento financeiro adicional, mas não tem amparo legal para exigi-lo.
Max Gehringer, para CBN.
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